"Treinamento é um Processo Contínuo e não um Evento"
Por que Investir em Treinamento e Desenvolvimento?
Imagine que você é muito bom no que faz, conhece claramente todas as etapas e processos para a confecção de um produto, domina os conhecimentos necessários para o andamento de cada setor da empresa que produzirá tal produto e, de posse de toda essa
estrutura intelectual e com habilidades necessárias, você recebe de presente uma empresa montada para já iniciar as operações, um quadro de 100 empregados recém recrutados do mercado e uma missão: produzir X quantidades em um prazo de tempo
bem amplo, mantendo a empresa próspera e ativa por muitos anos.
Com certeza, o primeiro passo que você dará não será o de já sair produzindo.
Você perceberá que a sua empresa dependerá do desempenho de todos os empregados que devem, antes de tudo, trabalhar em sintonia e com conhecimento e habilidade nas atividades que deverão desenvolver em cada setor.
Você conseguiria imaginar essa sintonia ocorrendo sem um bom treinamento aplicado com antecedência? Ou mais, você conseguiria imaginar qualquer um desses empregados trabalhando tranquilamente em suas atividades, sem antes receber orientações adequadas e sem um bom planejamento que os incentive a cumprir a missão?
Se o início é treinamento que seguirá com um desenvolvimento do quadro, é preciso que se saiba o significado de ambos. Para a autora Barreto (1995) treinamento é “a educação profissional que visa adaptar o homem ao trabalho em determinada empresa, preparando-o adequadamente para o exercício de um cargo podendo ser aplicado a todos os níveis ou setores da empresa”, assim, para cada papel dentro de uma empresa, há atividades próprias que o empregado assumirá, e para desempenhar bem as suas atividades e de acordo com o que se pratica na organização (considerando cultura, processos, etc.), é importante que ele conheça como fazer e faça com orientação e acompanhamento, e só após essas etapas terá conhecimento e habilidade para executar suas tarefas.
Já o desenvolvimento vai além do treinamento, ou se complementam. Para os autores Milkovich e Boudreau (2000), desenvolvimento é “aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização”, desenvolver um empregado é torná-lo mais completo e satisfeito com o que realiza, conhecedor da importância do seu papel no todo. Além disso, estes autores afirmam que existem evidências crescentes e uma maior consciência de que o treinamento e a educação são investimentos estratégicos, portanto, apenas conseguem atingir um resultado significativo e uma maior produtividade se estiverem em sintonia com
a educação do colaborador. Por isso, o treinamento torna-se também uma atividade e não apenas uma estratégia.
Um dos fatores que vai fazer com que você invista em T&D nesse caso é que você percebe claramente a necessidade de tal ação, está na missão da empresa, e tem tempo para agir e provavelmente sua empresa se manterá dentro de um programa de treinamentos contínuo. Porém, na maioria dos casos, as empresas investem em um treinamento específico, necessário para alguma ocasião em especial como no caso da implantação de um novo sistema e, por questões de “custos”, acabam cortando programas de treinamentos e desenvolvimento contínuo, contrariando o que recomendam muitos autores especialistas na área de T&D, como Hronec (1994) que deixa claro que “treinamento em si mesmo é um processo, não um evento”, o que vem ao encontro de se afirmar que deve ser contínuo e não mero acontecimento isolado.
Os autores DeCenzo e Robbins (2001) avaliam que embora “ambos (T&D) sejam similares nos métodos usados para transmitir a aprendizagem, as estruturas do tempo variam”. Os autores conceituam que “o treinamento é mais orientado para o presente; seu foco é nos cargos atuais das pessoas, acentuando as habilidades e capacidades
específicas para o desempenho imediato”, e “o desenvolvimento [...], por outro lado, focaliza em geral os cargos futuros da organização”, conclui-se, portanto, que se ambos se complementam acabam tornando o processo contínuo.
Fica claro que treinamento e desenvolvimento são processos que devem estar sempre em andamento, pois o mercado não para no tempo e no espaço, diante desse fato a empresa não pode estagnar. Parece óbvio declarar, mas, assim como um profissional conceituado está sempre se reciclando, a empresa deve estar sempre aprendendo.
Empresas são pessoas, e não se deve poupar esforços para manter as pessoas capacitadas para executarem um ótimo trabalho. Se é o bem da empresa que você deseja, invista nos colaboradores dela. Invista em T&D!
Jane Lúcia Ramos
Grupo de Estudos de Treinamento e Desenvolvimento – ABRH-RS
Imagine que você é muito bom no que faz, conhece claramente todas as etapas e processos para a confecção de um produto, domina os conhecimentos necessários para o andamento de cada setor da empresa que produzirá tal produto e, de posse de toda essa
estrutura intelectual e com habilidades necessárias, você recebe de presente uma empresa montada para já iniciar as operações, um quadro de 100 empregados recém recrutados do mercado e uma missão: produzir X quantidades em um prazo de tempo
bem amplo, mantendo a empresa próspera e ativa por muitos anos.
Com certeza, o primeiro passo que você dará não será o de já sair produzindo.
Você perceberá que a sua empresa dependerá do desempenho de todos os empregados que devem, antes de tudo, trabalhar em sintonia e com conhecimento e habilidade nas atividades que deverão desenvolver em cada setor.
Você conseguiria imaginar essa sintonia ocorrendo sem um bom treinamento aplicado com antecedência? Ou mais, você conseguiria imaginar qualquer um desses empregados trabalhando tranquilamente em suas atividades, sem antes receber orientações adequadas e sem um bom planejamento que os incentive a cumprir a missão?
Se o início é treinamento que seguirá com um desenvolvimento do quadro, é preciso que se saiba o significado de ambos. Para a autora Barreto (1995) treinamento é “a educação profissional que visa adaptar o homem ao trabalho em determinada empresa, preparando-o adequadamente para o exercício de um cargo podendo ser aplicado a todos os níveis ou setores da empresa”, assim, para cada papel dentro de uma empresa, há atividades próprias que o empregado assumirá, e para desempenhar bem as suas atividades e de acordo com o que se pratica na organização (considerando cultura, processos, etc.), é importante que ele conheça como fazer e faça com orientação e acompanhamento, e só após essas etapas terá conhecimento e habilidade para executar suas tarefas.
Já o desenvolvimento vai além do treinamento, ou se complementam. Para os autores Milkovich e Boudreau (2000), desenvolvimento é “aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização”, desenvolver um empregado é torná-lo mais completo e satisfeito com o que realiza, conhecedor da importância do seu papel no todo. Além disso, estes autores afirmam que existem evidências crescentes e uma maior consciência de que o treinamento e a educação são investimentos estratégicos, portanto, apenas conseguem atingir um resultado significativo e uma maior produtividade se estiverem em sintonia com
a educação do colaborador. Por isso, o treinamento torna-se também uma atividade e não apenas uma estratégia.
Um dos fatores que vai fazer com que você invista em T&D nesse caso é que você percebe claramente a necessidade de tal ação, está na missão da empresa, e tem tempo para agir e provavelmente sua empresa se manterá dentro de um programa de treinamentos contínuo. Porém, na maioria dos casos, as empresas investem em um treinamento específico, necessário para alguma ocasião em especial como no caso da implantação de um novo sistema e, por questões de “custos”, acabam cortando programas de treinamentos e desenvolvimento contínuo, contrariando o que recomendam muitos autores especialistas na área de T&D, como Hronec (1994) que deixa claro que “treinamento em si mesmo é um processo, não um evento”, o que vem ao encontro de se afirmar que deve ser contínuo e não mero acontecimento isolado.
Os autores DeCenzo e Robbins (2001) avaliam que embora “ambos (T&D) sejam similares nos métodos usados para transmitir a aprendizagem, as estruturas do tempo variam”. Os autores conceituam que “o treinamento é mais orientado para o presente; seu foco é nos cargos atuais das pessoas, acentuando as habilidades e capacidades
específicas para o desempenho imediato”, e “o desenvolvimento [...], por outro lado, focaliza em geral os cargos futuros da organização”, conclui-se, portanto, que se ambos se complementam acabam tornando o processo contínuo.
Fica claro que treinamento e desenvolvimento são processos que devem estar sempre em andamento, pois o mercado não para no tempo e no espaço, diante desse fato a empresa não pode estagnar. Parece óbvio declarar, mas, assim como um profissional conceituado está sempre se reciclando, a empresa deve estar sempre aprendendo.
Empresas são pessoas, e não se deve poupar esforços para manter as pessoas capacitadas para executarem um ótimo trabalho. Se é o bem da empresa que você deseja, invista nos colaboradores dela. Invista em T&D!
Jane Lúcia Ramos
Grupo de Estudos de Treinamento e Desenvolvimento – ABRH-RS